Projeto Recupera Cerrado é lançado no Parque das Garças
40 hectares de áreas degradadas serão recuperados na orla do Lago Paranoá
O Parque Ecológico das Garças foi escolhido para o lançamento oficial do projeto Recupera Cerrado – Orla Norte do Lago Paranoá, na manhã da última sexta-feira (25). A iniciativa é uma realização do Governo do Distrito Federal, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e do Instituto Brasília Ambiental, em parceria com a Fundação Banco do Brasil e execução do Instituto Espinhaço. Conta com recursos na ordem de R$ 1,2 milhão, provenientes de compensação florestal.
Neste primeiro semestre três parques receberão ações de plantio: o Parque Ecológico do Lago Norte, o Parque das Garças e o Parque Ecológico Enseada. “O projeto é a continuação do trabalho que concluímos em áreas de preservação permanente (APPs) da Orla Sul, com o objetivo de garantir a segurança hídrica, a biodiversidade, e de entregar à população do Distrito Federal espaços revitalizados que sofreram desgastes ao longo do tempo. O brasiliense ama as áreas verdes da capital e o nosso compromisso é de, cada vez mais, investir em ações desse tipo”, ressaltou o secretário do Meio Ambiente do DF, Sarney Filho.
Para o secretário executivo do Brasília Ambiental, Thúlio Moraes, é muito gratificante ver, na prática, o funcionamento da compensação florestal. “Parte dos recursos destinados para a recuperação da orla são oriundos desse programa, que à época inovou e previu a possibilidade da conversão da obrigação em pecúnia. Essa modalidade de pagamento permite um maior dinamismo por parte do Estado e o investimento em áreas ambientalmente sensíveis que já estejam em processo de recuperação ou demandem ações urgentes, como é o caso da Orla”, explicou.
Já para o presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira, participar do processo de recuperação dessa região é uma honra. “O Lago Paranoá é um dos mais importantes símbolos de Brasília. É uma honra e uma oportunidade que foi acolhida pelo Instituto Espinhaço e seus parceiros poder participar do projeto Recupera Cerrado – Orla Norte do Lago Paranoá. Além do plantio de espécies nativas do bioma Cerrado, um dos objetivos que estão no cerne de nossa iniciativa é o de promover a reconexão dos cidadãos de Brasília ao Lago Paranoá, fomentando um processo de ressignificação da relação entre as pessoas e a natureza na capital do nosso país”, afirma o presidente do Instituto Espinhaço.
Plantio Voluntário
Comunidade e voluntários do Banco do Brasil participaram de uma ação de plantio de mudas nativas do Cerrado, na manhã desse último sábado (26). A iniciativa aconteceu no Parque das Garças em comemoração à Semana Mundial da Água, marcando também o lançamento oficial do projeto Recupera Cerrado – Orla Norte do Lago Paranoá que aconteceu na sexta-feira (25).
O evento contou com a participação de mais de 400 pessoas. Na ocasião, diversas espécies como peroba, copaíba, ipês, pau santo, buriti e cajuzinho do cerrado foram plantadas, reforçando a importância da educação ambiental bem como da contribuição de todos para manter a preservação dos Parques e Unidades de Conservação da orla do Lago Paranoá que estão recebendo as intervenções de recuperação ambiental com a recomposição da vegetação nativa.
Rosane Carneiro frequenta o Parque das Garças e mora na região. “Estava fazendo caminhada com meu esposo e percebemos a ação de plantio. Ficamos muito felizes em saber que o Instituto Espinhaço desenvolve esse tipo de projeto não apenas aqui, mas em diversos lugares do Brasil. Sempre gostei muito da natureza, preservar as espécies nativas é preservar a nossa riqueza. Gostei muito de participar, estou encantada!”, afirma.
Já o casal Pablo Vaz e Virgínia Mecias fazem parte dos voluntários BB e aproveitaram a oportunidade para passear com o filho e curtir o momento em família. “Já participamos de outros tipos de ações como voluntários, mas participar do plantio de árvores é a primeira vez.”, conta Pablo. “Hoje decidimos trazer nosso filho, Lucas, para ele ver e ajudar com o plantio. A iniciativa é muito importante, assim podemos dar o exemplo para que ele entenda que precisamos cuidar da natureza, porque precisamos do planeta vivo. É um cuidado para o próprio futuro dele, para o futuro dos filhos dele”, acrescenta Virgínia.