A UNESCO, o Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o Instituto Espinhaço e a Prefeitura de Miguel Pereira (RJ), com o apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, realizaram, em 25 e 26 de março, o evento “Diálogos Interculturais e Governança para a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica – Rio de Janeiro 2025”. O encontro foi realizado como parte das comemorações da Semana do Dia Mundial da Água, em sinergia com o projeto Pró-Águas Rio de Janeiro e o Centro de Referência em Desenvolvimento Sustentável – CERNE, agendas que são lideradas pelo Instituto Espinhaço no estado do Rio de Janeiro.
O Dia Mundial da Água, celebrado em 22 de março, é uma data marcante e de suma importância dentro do calendário de atividades do Instituto Espinhaço, uma vez que a agenda da água é estratégica e prioritária para o desenvolvimento sustentável. A pauta da segurança hídrica dialoga diretamente com a agenda da resiliência climática e gestão integrada de territórios, temas que são fundamentais para o Instituto Espinhaço e sua proposição de promover a paz nas relações entre as pessoas e a natureza.
A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) é a maior do mundo, entre as 759 reservas criadas pela UNESCO em 136 países, dentro do programa MaB (Man and Biosphere – Homem e a Biosfera). O Brasil tem o privilégio de possuir 7 Reservas da Biosfera em seu território, que precisam ser pensadas, planejadas e bem manejadas. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica tem 89.687.000 hectares e atravessa 17 estados brasileiros. Assim como seu extenso território, grandes também são os desafios para sua gestão!
“A RBMA é um caso emblemático na agenda das Reservas da Biosfera, podendo ser uma modelagem, em escala continental, para a gestão integrada de territórios”, disse o presidente do Instituto Espinhaço e vice-presidente da Rede Brasileira de Reservas da Biosfera, Luiz Oliveira. Não por acaso, a preservação, a recuperação de áreas degradadas e o bom uso de seus serviços ecossistêmicos foram a pauta desse encontro em Miguel Pereira, que discutiu, a fundo, durante dois dias, com membros da academia, dos conselhos de bacias hidrográficas, de comunidades locais (Quilombolas, Caiçaras, Indígenas), órgãos ambientais estaduais e municipais, a Governança desse importante território no estado do Rio de Janeiro.
O Instituto Espinhaço apresentou ao público presente o projeto Pró-Águas Rio de Janeiro e o Centro de Referência em Desenvolvimento Sustentável – CERNE, ambos propostos pelo Instituto Espinhaço e que vão ressignificar o bioma Mata Atlântica, sendo o primeiro Centro de Referência no Brasil dedicado à difusão de conhecimento e práticas para o desenvolvimento sustentável, regeneração territorial, segurança hídrica, eco-hidrologia e harmonização das relações entre as pessoas e a natureza. Ele já nasce inovador, inserido no contexto do Projeto Pró-Águas Rio de Janeiro, proposto pelo Instituto Espinhaço, que já está promovendo a recuperação de 7.500 hectares da Mata Atlântica no Rio de Janeiro. O Pró-Águas Rio de Janeiro conta com apoio financeiro de empresas privadas e o apoio institucional do Governo do Estado e das prefeituras municipais do Rio de Janeiro.
Miguel Pereira vai sediar o CERNE, que será implantado exatamente no território reconhecido pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, uma região estratégica que produz água para 9 milhões de pessoas, responsável por 80% do abastecimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O Instituto Espinhaço propôs à UNESCO o reconhecimento do CERNE como Centro de Categoria II tanto no Programa Hidrológico Internacional quanto no Programa Homem e a Biosfera (MaB), elevando o Brasil, o Rio de Janeiro e Miguel Pereira a referências mundiais nesses temas.
Estiveram presentes nos “Diálogos Interculturais e Governança para a Reserva da Biosfera da Mata Atlântica” a partir da articulação do Instituto Espinhaço e da UNESCO, conjuntamente com a Prefeitura de Miguel Pereira, o representante da UNESCO, Sérgio Monforte; o presidente da Região Autônoma de Príncipe (África) e presidente da Rede de Reservas da Biosfera da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP/MaB, Filipe Nascimento; a presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Mary Sorage; o prefeito de Miguel Pereira, Pedro Paulo Quinzinho; o vice-prefeito de Miguel Pereira, Vitor Hugo; o presidente do Instituto Espinhaço e vice-presidente da Rede Brasileira de Reservas da Biosfera, Luiz Oliveira; o diretor-financeiro do Instituto Espinhaço, Coryntho Filho; o coordenador do Pró-Águas Rio de Janeiro, Leandro Gomes, além de inúmeras lideranças sociais e culturais. Também estiveram presentes uma representante da Subsecretaria de Recursos Hídricos e Sustentabilidade da Secretaria Estadual de Ambiente e Sustentabilidade do Governo do Estado do Rio de Janeiro; a secretária municipal de Meio Ambiente de Miguel Pereira, Tchara Kede; o Diretor de Biodiversidade, Áreas Protegidas e Ecossistemas do INEA (Instituto Estadual do Ambiente), Cléber Ferreira; representantes do Ibama e do ICMBIO, quilombolas, caiçaras, indígenas, representantes de Parques e Áreas de Conservação, representantes de municípios, entidades do terceiro setor, entre diversos outros.
Para o Instituto Espinhaço, foi uma enorme honra articular, junto com a Prefeitura de Miguel Pereira, com a UNESCO e a Prefeitura de Miguel Pereira, a realização de um evento tão importante, criando sinergia entre os mais diversos atores sociais, promovendo diálogos de alto nível, visando à melhor governança da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica no estado do Rio de Janeiro.
O Instituto Espinhaço estará sempre à disposição para auxiliar na continuidade desse processo vivo de discussões e liderar ações de planejamento, restauração e preservação de tão importante bioma brasileiro, crucial para a segurança hídrica, para a biodiversidade e para o desenvolvimento territorial do estado do Rio de Janeiro, do Brasil e para a vida de todos nós!
