Instituto Espinhaço lança o CERNE, Centro de Referência em Desenvolvimento Florestal do Rio de Janeiro, na sede da UNESCO em Paris
O CERNE será o primeiro centro da América Latina dedicado à difusão de conhecimento e práticas para o desenvolvimento sustentável, regeneração territorial e harmonização entre as pessoas e a natureza
O Instituto Espinhaço lançou na UNESCO, em Paris, a construção do CERNE, CERNE, Centro de Referência em Desenvolvimento Florestal, do Rio de Janeiro. Será o primeiro do Brasil, tornando o município de Miguel Pereira em uma referência mundial para o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável.
Ontem ( 16/12/2024), na UNESCO, em Paris , Luiz Oliveira, presidente do Instituto Espinhaço, acompanhado do prefeito municipal de Miguel Pereira, André Português, de Vitor Hugo, vice-prefeito, anunciaram um projeto histórico para o estado do Rio de Janeiro e toda a América Latina: o CERNE – Centro de Referência em Desenvolvimento Florestal, Gestão Integrada de Território, Cultura, Eco-Hidrologia, Ecosofia, Ciências e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável do Bioma Mata Atlântica.
O CERNE é um projeto do Instituto Espinhaço e será estruturado em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a prefeitura de Miguel Pereira, com o apoio de renomados especialistas.
O CERNE, apresentado ontem à UNESCO, será o primeiro centro da América Latina dedicado à difusão de conhecimento e práticas para o desenvolvimento sustentável, regeneração territorial e harmonização das relações entre as pessoas e a natureza. Ele já nasce inovador, inserido no contexto do Projeto PRÓ-ÁGUAS RIO DE JANEIRO, proposto pelo Instituto Espinhaço, que já está promovendo a recuperação de 7.500 hectares da Mata Atlântica no Estado.
Miguel Pereira vai abrigar o CERNE que será implantado no território reconhecido pela UNESCO como Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, uma região estratégica que produz água para 9 milhões de pessoas, responsável por 80% do abastecimento da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Propusemos à UNESCO o reconhecimento do CERNE como Centro de Categoria II tanto no Programa Hidrológico Internacional quanto no Programa Homem e a Biosfera (MaB), elevando o Brasil e o Rio de Janeiro como referências mundiais nestes temas.
Estiveram conosco nesta apresentação o prefeito de Miguel Pereira, André Português, Katia de Melo, professora da Sorbonne e Vice-Presidente do Instituto Espinhaço; Antonio Abreu, diretor de Ciências Ecológicas e da Terra e secretário do Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB); Anil Mishra, chefe de seção do Programa Hidrológico Internacional; Rahmah Elfithri, chefe de seção do Programa Hidrológico Internacional; Maria Rosa Cardenas, responsável pela Rede IberoMAB no Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB); Hans Thustrup, do Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB); Serena Heckler, do Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB); Manoel Giffoni, do Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB); Barbara Avila, do Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB); Jazmin Ceballos Vintimilla, do Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB); e Kokone Nakamura, do Programa sobre o Homem e a Biosfera (MaB).
O PRÓ-ÁGUAS RIO DE JANEIRO e o CERNE foram pensados pelo Instituto Espinhaço como uma estratégia integrada e disruptiva para a agenda do desenvolvimento sustentável no Brasil e na América Latina.
O que é o CERNE?
O CERNE será construído no município de Miguel Pereira uma cidade serrana, considerada estância climática e localizada no coração do estado do Rio de Janeiro! O município de Miguel Pereira é um refúgio em meio à exuberância da Mata Atlântica, um dos biomas com maior diversidade biológica e um dos mais ameaçados do planeta, restando atualmente menos de 12 por cento de sua cobertura original!
O CERNE estará localizado em uma região estratégica para difusão de novos modelos de regeneração territorial, governamental e inovação, aliadas à agenda do turismo de experiência! Será um centro de conhecimento e de vivências práticas para agenda do desenvolvimento sustentável.
O CERNE será um propagador de novas metodologias para o desenvolvimento sustentável, para regeneração territorial e a harmonização nas relações das pessoas e a natureza! O CERNE será implantado no território da área de proteção ambiental do Guandu e no território da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica da Unesco, região que é estratégica na produção de água para 9 milhões de pessoas e faz 80% do abastecimento de água na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro.
O CERNE atuará como um inovador centro de pesquisa, desenvolvimento e fomento para agenda de restauração florestal por meio de sua unidade produtiva de alta performance! Milhões de mudas de árvores de espécies nativas do bioma Atlântico serão ali produzidas! O edifício principal do CERNE possui a forma de flor, com sete pétalas que representam a beleza, perfeição e harmonia na natureza e nas formas de vida!
O CERNE contará com uma estrutura sustentável perfeitamente integrada na natureza da Mata Atlântica! E colocará o município de Miguel Pereira e o Estado do Rio de Janeiro no centro das agendas internacionais de sustentabilidade, pessoas, clima, água e florestas ! Os processos de formação e regeneração territorial e em gestão integrada de territórios serão materializados por meio da atuação do CERNE, que atuará como um símbolo que carrega a força do imaginário da natureza associado à capacidade criativa e transformadora do ser humano! Servirá de inspiração e referência pra cidadãos, empresas, governos, academia e sociedade civil! O CERNE será um espaço voltado para produção e o compartilhamento de conhecimentos que serão associados a práticas transformadoras para um novo tempo, um novo mundo, produtor de paz e harmonia!
O que é o Pró-Águas Rio de Janeiro?
É um projeto de Soluções Baseadas na Natureza, resiliência territorial, suporte à segurança hídrica, minimização dos efeitos das mudanças climáticas, fortalecimento da biodiversidade e engajamento social.
O Pró-Águas Rio de Janeiro consiste na execução de um amplo programa de restauração florestal e gestão integrada de territórios, visando apoiar a territorialização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ONU, além de cooperar para o fortalecimento dos serviços ecossistêmicos, no âmbito da “Década de Ação da Água”/ONU e da “Década da Restauração de Ecossistemas”/ONU.
O Projeto traz como diferencial o arranjo inovador de governança que unifica esforços do 1.º, 2.º e 3.º setor, sem a aplicação de recursos públicos e, simultaneamente, apoia o incremento da bioeconomia e da economia verde, com a geração de trabalho e renda a partir das cadeias da restauração florestal e dos produtos florestais não madeireiros. Destaca-se também a agenda estratégica de geração de créditos de carbono e a oportunidade para que empresas cumpram seus compromissos corporativos de ESG, com o fortalecimento de marcas e permitindo compensar emissões de gases de efeito estufa.
Metas
Recomposição de 7.500 hectares da vegetação nativa no bioma Mata Atlântica em áreas críticas e estratégicas para a segurança hídrica do estado do Rio de Janeiro.
Importância estratégica do Pró-Águas Rio de Janeiro
O Pró-Águas Rio de Janeiro atuará para a regeneração territorial com base em ações de recomposição da vegetação nativa e de engajamento social, fortalecendo os serviços ecossistêmicos e priorizando áreas críticas para a segurança hídrica.
A sua execução ocorre por meio de metodologia de restauração florestal em larga escala, centrada nas pessoas.
As pessoas são as protagonistas na reconexão harmoniosa com a natureza, tendo como base a gestão integrada dos territórios e a governança territorial.
O Pro-Águas Rio de Janeiro é uma estratégia inovadora de governança pública. O poder público reconhece uma iniciativa privada como de interesse público. Isso significa apoio institucional e orientação das iniciativas do terceiro setor com vistas à geração de valor público – no caso, o aumento da cobertura florestal e da segurança hídrica no território do estado do Rio de Janeiro. A implantação por sua vez, ocorre com financiamento privado e execução pelo terceiro setor.
Ǫuem é o Instituto Espinhaço
O Instituto Espinhaço é uma organização da sociedade civil brasileira, com projetos nas 5 regiões do Brasil, tendo uma equipe técnica multidisciplinar e membros em 12 estados brasileiros e em 13 países. Atua com programas estratégicos nos eixos de biodiversidade, cultura e desenvolvimento socioambiental, com práticas inovadoras, em âmbito local e abrangência global. Nos temas da restauração florestal e segurança hídrica, são mais de 5.000 hectares já restaurados nos biomas Cerrado e Mata Atlântica. O Instituto Espinhaço coordena a implementação dos maiores projetos de restauração florestal em escala territorial no Brasil.
O Instituto Espinhaço trabalha na criação e implantação de redes de colaboração e processos de engajamento social em seus projetos. Desenvolve e explora estratégias de ação focadas nas pessoas em seus processos, favorecendo resultados eficazes e um maior impacto social. O Instituto adota a estratégia de gestão integrada de territórios culturais, dando suporte ao desenvolvimento e reforçando o capital humano, da biodiversidade, da segurança hídrica, dos serviços ecossistêmicos, da economia verde, dos arranjos produtivos locais e da geração de trabalho e renda. E com isso ajuda a reforçar a cidadania, a auto-responsabilidade e a governança territorial!
Já são mais de 600 municípios e 5000 propriedades rurais no Brasil abrangidos pelos projetos do Instituto Espinhaço. A Anglo American, a State Grid, a Hyperapharma, a Ecosia, a OTP, a Nestlé e a Petrobras são algumas das empresas que apoiam a agenda da sustentabilidade e são parceiras financiadoras de projetos do Instituto Espinhaço.
Link do Vídeo sobre o CERNE no Youtube:
https://www.youtube.com/watch?v=TkCtAMgb-E4&feature=youtu.be
FOTOS:
