Instituto Espinhaço e Governo do Estado do Rio de Janeiro lançam o projeto Pró-Águas Rio de Janeiro 

Evento foi realizado na Casa G20, em Ipanema, Rio de Janeiro e contou com a presença de mais de 40 municípios do Estado, além de lideranças políticas, ONGs, pesquisadores, ativistas ambientais e culturais e de empresas de diversos setores da economia fluminense 

O auditório da Casa G20, em Ipanema, na cidade do Rio de Janeiro, ficou lotado na última sexta-feira, dia 28 de junho, para o lançamento do projeto Pró-Águas Rio de Janeiro. Mais de 170 pessoas de 47 municípios do estado (ou seja, mais da metade dos 92 municípios) participaram do lançamento deste que será o maior projeto de restauração florestal e de segurança hídrica, na história do estado do Rio de Janeiro. 

O evento – que foi neutralizado nas emissões de CO², ou seja, o Instituto Espinhaço fez um cálculo nas emissões de carbono e fez a certificação carbono neutro – contou com a participação do governador em exercício, Thiago Pampolha;  do fundador e presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira; da secretária de estado de Cultura, Danielle Barros; da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, representada por seu secretário executivo, Sebastião Medice; da Secretaria de Estado da Agricultura, representada pelo seu secretário, Deodalto Ferreira, e da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, representada por Marie Ikemoto, subsecretária de Clima e Conservação do Governo do Estado do Rio de Janeiro, e por Ana Asti, subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade Ambiental. Também participaram representantes de empresas como a CEDAE, a Águas do Rio, a Petrobras e a BP, além de outras empresas do setor do setor de óleo e gás que foram representadas pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), por meio de seu Gerente Executivo, Flávio Torres. Vale também frisar as palestras e as participações do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), representado pela coordenadora geral de Desenvolvimento Florestal, Jaine Cubas; do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), representado pela diretora do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas, Fernanda Ayres; da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), representada pelo seu diretor e presidente em Exercício, Filipe Cunha; do Escritório da UNESCO no Brasil, por meio do oficial de Projetos do Setor de Ciências Naturais, Sérgio Monforte, além do coordenador do Programa GRAPHIC/PHI/UNESCO na América Latina e Caribe, e representante brasileiro da Iniciativa Internacional de sedimentos ISI/PHI/Unesco, professor Henrique Chaves, da Universidade de Brasília (UnB). O lançamento do Pró-Águas Rio de Janeiro também contou com a participação e palestra doTribunal de Contas da União (TCU), por meio do ministro João Augusto Nardes; da secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado de Goiás (SEMAD) e vice-presidente da ABEMA, Andrea Vulcanis. O evento de lançamento também contou com a participação de diversas ONGs, pesquisadores, universidades, produtores rurais, associações e coletivos que atuam na agenda ambiental, além de especialistas nas temáticas de segurança hídrica, clima e restauração florestal.  

Conheça alguns dos municípios que estiveram presentes no evento de lançamento do Pró-Águas Rio de Janeiro: Aperibé, Queimados, Nilópolis, Tanguá, Nova Iguaçu, Natividade, Japeri, Santa Maria Madalena, Paraty, Carapebus, Silva Jardim, Casimiro de Abreu, Paty do Alferes, Rio de Janeiro, Varressai, Areal, São João da Barra, Cachoeira de Macacu, Mesquita, São Fidélis, Duas Barras, Cardoso Moreira, Iguaba Grande, Sumidouro, Três Rios, Trajano de Moraes, Maricá, Itaboraí, Magé, São João de Meriti, Conceição de Macabu, Sapucaia, São José de UBA, Guapimirim, Quissamã, Nova Friburgo, Laje do Muriaé, Italva, Valença, Vassouras, Itaperuna, Rio Claro e outros. 

Durante a apresentação do Projeto, foram compartilhados os princípios do Pró-Águas Rio de Janeiro, destacando-se as agendas de regeneração territorial, segurança hídrica, restauração florestal e engajamento social, visando à recuperação de 7.500 hectares de áreas degradadas. O Projeto tem previsão de ser implantado em 7 anos, período em que também serão feitas as manutenções e os monitoramentos para os processos de restauração. 

Para além dos 7 anos de implantação, o Projeto também abrangerá 30 anos do ciclo do projeto de carbono (projeto, certificações e auditoria, monitoramento e safras), visando, entre outros, apoiar o produtor rural. Para o Instituto Espinhaço, é fundamental resignificar o papel do produtor rural não apenas para a produção de alimentos, mas, também, como produtor de serviços ecossistêmicos, notadamente, por meio da aplicação das Soluções Baseadas na Natureza. Nesse sentido, é imprescindível a adoção de estratégias que promovam a harmonização das relações entre as pessoas e a natureza, apoiando a resiliência dos territórios e a ação de cidadania de alto impacto. 

Durante a apresentação do Pró-Águas Rio de Janeiro, Luiz Oliveira trouxe todo o histórico de formação do Instituto Espinhaço, bem como a centralidade de suas agendas e os princípios e valores que norteiam a presença crescente da instituição no Brasil e no mundo e, além disso, apresentou a síntese detalhada de todo o escopo do Projeto. “Hoje é um dia muito especial para o Instituto Espinhaço! Hoje é o dia em que o Pró-Águas Rio de Janeiro tem o seu nascimento. Este é um sonho antigo a que o Instituto Espinhaço vem buscando dar forma e conteúdo, com muito vigor, há quase um ano. O Pró-Águas Rio de Janeiro constitui-se em uma ferramenta transformadora para os territórios, tendo as pessoas como centralidade e a promoção da paz como agenda inarredável. Este Projeto tem como propósito fortalecer os serviços ecossistêmicos, apoiar a segurança hídrica e apoiar o desenvolvimento rural sustentável. No entanto, o maior legado do Pró-Águas Rio de Janeiro é semear a esperança, é difundir valores humanos e fortalecer a produção de significados para as pessoas nos territórios que elas habitam, cooperando decisivamente para a resiliência de comunidades e territórios, com efeito de escala e replicável. Esta é parte da missão do Instituto Espinhaço e é nesse sentido que estamos trabalhando no território brasileiro, antecipando o futuro”. 

O governador em exercício do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha, também falou sobre o evento. “É com muita alegria que nós estamos reunidos aqui nesta manhã para fazer o lançamento do Pró-Águas Rio de Janeiro, uma nova estratégia de governança, em que o estado do Rio de janeiro decide investir, sem alocar um centavo de dinheiro público, mas investir com institucionalidade, investir acreditando, investir emprestando a sua retaguarda técnica e se colocando como um agente intencional para provocar essa agenda de restauração tão necessária no estado do Rio de Janeiro.” Ele ainda valorizou a parceria existente entre o governo do estado e o Instituto Espinhaço: “Tudo isso só é possível quando se tem parceria, quando se tem sinergia, quando tem realmente gente boa querendo fazer e fazer junto”.

 

No link abaixo podem ser baixadas fotos do evento:

Fotos Pró-Águas Rio de Janeiro:
https://drive.google.com/drive/folders/1HT1bFcLE1OVQRRw7H8-oUDSXw6hEO7Lf

E, neste segundo, link podem ser baixadas as entrevistas do governador em exercício, Thiago Pampolha, e do presidente do Instituto Espinhaço,  Luiz Oliveira:
https://drive.google.com/drive/folders/1kE1EweuFDPOxNhDpji5Cm4ZcKzSnYEg3?usp=sharing

O que é o Pró-Águas Rio de Janeiro? 

É um projeto de Soluções Baseadas na Natureza, resiliência territorial, suporte à segurança hídrica, minimização dos efeitos das mudanças climáticas, fortalecimento da biodiversidade e engajamento social. 

O Pró-Águas Rio de Janeiro consiste na execução de um amplo projeto de restauração florestal e gestão integrada de territórios, visando apoiar a territorialização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ONU, além de cooperar para o fortalecimento dos serviços ecossistêmicos, no âmbito da “Década de Ação da Água”/ONU e da “Década da Restauração de Ecossistemas”/ONU. 

O Projeto traz como diferencial o arranjo inovador de governança que unifica esforços do 1.º, 2.º e 3.º setor, sem a aplicação de recursos públicos e, simultaneamente, apoia o incremento da bioeconomia e da economia verde, com a geração de trabalho e renda a partir das cadeias da restauração florestal e dos produtos florestais não madeireiros. Destaca-se também a agenda estratégica de geração de créditos de carbono e a oportunidade para que empresas cumpram seus compromissos corporativos de ESG, com o fortalecimento de marcas e permitindo compensar emissões de gases de efeito estufa. 

Metas
Recomposição de 7.500 hectares da vegetação nativa no bioma Mata Atlântica em áreas críticas e estratégicas para a segurança hídrica do estado do Rio de Janeiro. 

Estimativa de geração de créditos de carbono
Estimativa de 448 toneladas de CO2eq por hectare, totalizando 3.360.000 toneladas de CO2eq ao longo do ciclo de vida do Projeto (30 anos). 

Planejamento e Execução

O Pró-Águas Rio de Janeiro está amparado por meio de um Acordo de Cooperação assinado entre o Governo    do Estado do Rio de Janeiro e o Instituto Espinhaço e 

será viabilizado por meio de apoio financeiro do setor privado, contando ainda com uma rede de parceiros nacionais e internacionais.  O envolvimento efetivo de empresas com a agenda da sustentabilidade e    o potencial de uso dos créditos de carbono gerados para ações de neutralização de emissões fundamentam o investimento  privado em ações que geram benefícios públicos. O Pró-Águas Rio de Janeiro está integralmente alinhado às políticas públicas do  estado e possibilitará o ganho de escala para agendas integradas no território estadual. 

A execução do Pró-Águas Rio de Janeiro ocorre por meio de metodologia própria do Instituto Espinhaço, reconhecida pela capacidade de sensibilização, mobilização e engajamento da sociedade brasileira e de lideranças estratégicas na agenda de segurança hídrica e restauração florestal.   São elaborados projetos por propriedade rural, e as ações relacionadas à recomposição da vegetação nativa observam tecnologias e práticas do Instituto Espinhaço que atualmente resultam em uma média de 93% de taxa de sucesso no pegamento das mudas. 

Importância estratégica do Pró-Águas Rio de Janeiro
O Pró-Águas Rio de Janeiro atuará para a regeneração     territorial com base em ações de recomposição da vegetação nativa e de engajamento social, fortalecendo os serviços ecossistêmicos e priorizando áreas críticas para a segurança hídrica. 

A sua execução ocorre por meio de metodologia de restauração florestal em larga escala, centrada nas pessoas. As pessoas são as protagonistas na reconexão harmoniosa com a natureza, tendo como base a gestão integrada dos territórios e a governança  territorial. 

O Pró-Águas Rio de Janeiro é uma estratégia inovadora de governança pública. O poder público  reconhece uma iniciativa privada como de interesse  público. Isso significa apoio institucional e orientação das iniciativas do terceiro setor com vistas à geração de valor público – no caso, o aumento da cobertura florestal e da segurança hídrica no território do estado  do Rio de Janeiro. A implantação por sua vez, ocorre com financiamento privado e execução pelo terceiro setor. 

O Pró-Águas Rio de Janeiro possui três eixos principais: 

  • Ações de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas, com adoção de tecnologias de produção de sementes e mudas e técnicas de conservação de água permitindo gerar territórios de resiliência hídrica e de contribuição para a segurança hídrica do estado do Rio de Janeiro; 
  • Geração de oportunidades de trabalho e renda a partir da cadeia da restauração florestal com potencial de geração de recursos por meio de projeto de carbono no contexto de estratégias net-zero ambientais e, também, o apoio ao desenvolvimento rural sustentável e a diversificação produtiva, além de suporte técnico para a melhoria da qualidade produtiva com menor impacto ambiental; 
  • Ações de articulação social, fortalecimento da cidadania e ações de educação transdisciplinar que gerem reflexões e escolhas para a ressignificação e resiliência territorial, fortalecendo capacidades e gerando novas oportunidades de aprendizado e cooperação para a gestão cultural integrada dos territórios; 

O Pró-Águas Rio de Janeiro aturará para a territorialização dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável/ONU, além de cooperar efetivamente para a “Década de Ação da Água”/ONU e a “Década da Restauração de Ecossistemas”/ONU. 

O público-alvo do Projeto são produtores rurais de pequeno, médio e grande portes que reconhecem o papel ecológico e cultural de sua propriedade e se comprometem com a ação pragmática de recomposição vegetal e ações de manejo e conservação de solo, com o objetivo de maior resiliência das regiões fluminenses quanto às mudanças climáticas, destacando-se a produção de água para o abastecimento das cidades, além dos setores produtivos e, claro, para melhorar a qualidade ambiental e os serviços ecossistêmicos no território do estado do Rio de Janeiro.  

Fotos do Evento:

 

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