Equipe da ONU visita instalações do Instituto Espinhaço em Conceição do Mato Dentro para alinhar detalhes do projeto do CERNE

Na última semana, uma equipe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, visitou o Centro de Desenvolvimento Florestal Sustentável, do Instituto Espinhaço, estrutura associada ao CERNE – CERNE: Centro de Referência em Pesquisa, Fomento e Desenvolvimento Florestal, Educação Ambiental e Ecosofia, Gestão Integrada de Território, Ecohidrologia, Cultura, Ciências e Inovação em Desenvolvimento Sustentável para a Cordilheira do Espinhaço.

Em Conceição do Mato Dentro, a comitiva do PNUD esteve representada pela oficial de projetos, Rosenely Diegues, a gerente de projetos, Renatha Calazans e da assessora técnica de projetos, Mônica Oliveira. Elas foram recebidas pelo presidente do Instituto Espinhaço, Luiz Oliveira e pela equipe técnica e administrativa do projeto “Semeando Floresta, Colhendo Águas na Serra do Espinhaço”, além de lideranças locais como o presidente da Câmara, Claudio Alexandre Rodrigues de Oliveira – Claudinho Ziriguidum, e os vereadores, Cláudio Zoião e Sidinei das Três Barras.

Durante a visita, os membros do PNUD, acompanharam as apresentações referentes às ações do projeto “Semeando Florestas, Colhendo Águas na Serra do Espinhaço”, maior esforço de restauração florestal em curso em Minas Gerias. Também houve uma exposição de atividades do Instituto Espinhaço relacionadas à Agenda 2030 e as visitantes conheceram a história do território de Conceição do Mato Dentro e da região do Médio Espinhaço e suas conexões com o projeto CERNE. O objetivo da visita foi estreitar as tratativas entre o Instituto Espinhaço e o PNUD e ainda, delinear acordos de cooperação entre o Instituto Espinhaço e o PNUD, visando ao desenvolvimento das ações relacionadas ao CERNE e outras 10 iniciativas que estão conectados com as áreas de atuação de ambas as instituições.

O projeto “Semeando Florestas, Colhendo Águas na Serra do Espinhaço”, é hoje uma contribuição efetiva para a restauração florestal no Estado de Minas Gerais, especificamente, na região da Serra do Espinhaço, por meio da produção e do plantio de três milhões de mudas de espécies florestais nativas. O Instituto Espinhaço já coletou mais de 18 toneladas de sementes nativas, produziu mais de 4,2 milhões de mudas de 170 espécies arbóreas nativas, restaurou mais de 2,2 mil hectares de florestas em Minas Gerais e já atuou em mais de 2.200 propriedades rurais.

Em 2019 o Instituto Espinhaço comemora 10 anos de fundação e trabalho com a proposição de um desafio ainda maior: recuperar 6 mil hectares na bacia hidrográfica do rio São Francisco, em Minas Gerais. Para o Instituto Espinhaço, a melhor maneira de comemorar todos os desafios já alcançados é realizando um feito ainda maior. E esse feito tem sua origem no Chamamento Público Ibama nº 01/2018, no qual o Instituto Espinhaço concorreu com outras 282 organizações da sociedade civil brasileiras e internacionais, tendo sido habilitado e aprovado, em segundo lugar, pela equipe técnica do Ibama. Esse será um dos maiores desafios em curso para a restauração ambiental em Minas Gerais.

O Instituto Espinhaço – Biodiversidade, Cultura e Desenvolvimento Socioambiental – é uma associação civil, sem fins lucrativos, de origem e foco no Brasil, com atuação nos eixos de biodiversidade, cultura e desenvolvimento socioambiental, articulando práticas inovadoras no âmbito local, com abrangência internacional. O Instituto Espinhaço trabalha, dentre outros programas estratégicos, para consolidar a pauta da restauração florestal em larga escala, implantar ações de conservação de solo e revitalização de bacias hidrográficas, desenvolvendo tecnologias e abordagens inovadoras que deem centralidade à pessoa humana nos processos de restauração ambiental, apoiando os processos produtivos nos territórios.

CERNE: Centro de Referência em Pesquisa, Fomento e Desenvolvimento Florestal, Educação Ambiental e Ecosofia, Gestão Integrada de Território, Ecohidrologia, Cultura, Ciências e Inovação em Desenvolvimento Sustentável para a Cordilheira do Espinhaço

O CERNE tem como objetivo central pensar, propor, gestar, desenvolver e implementar programas e projetos de desenvolvimento sustentável, com base na gestão integrada de territórios, conectando e criando sinergia entre as pautas de pesquisa e desenvolvimento em projetos de restauração florestal, alterações climáticas, estresse hídrico, gestão integrada de território, dentre outras, em parceria com instituições nacionais e internacionais.

O CERNE atuará em rede no território da Serra do Espinhaço, no Estado de Minas Gerais e para além dela, com abordagem sistêmica e integrada, visando compreender e atuar nas causas da degradação socioambiental, cooperando para o planejamento estratégico e participativo e o desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade para os territórios e as populações, em parceria com a academia, a sociedade civil organizada, o setor produtivo e o poder público, propondo e apoiando um conjunto de ações locais que promovam a compreensão global dos processos, enfatizando a centralidade de esforços para a pessoa humana e integrando as metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – Agenda 2030.

O CERNE tratará a pauta do desenvolvimento florestal como prioridade, uma vez que as florestas servem como armazenamento natural para o carbono e que o desmatamento é a segunda principal causa de emissões de carbono que contribuem para as mudanças climáticas.

O CERNE promoverá a articulação de projetos de Gestão Cultural Integrada do Território e o desenvolvimento de pesquisas florestais inovadoras para a conservação dos recursos naturais, envolvendo o aprimoramento das cadeias produtivas de produção e restauração florestal e do mercado de serviços ambientais.

Também por isso, o CERNE, por meio do Centro de Desenvolvimento Florestal Sustentável, inaugurado em julho de 2018, atuará como referência regional para as ações do Serviço Florestal Brasileiro- SFB – e em apoio às metas da Declaração de New York sobre Florestas da Cúpula do Clima da ONU de 2014 e, ainda, em consonância com a abordagem de restauração da paisagem florestal (FLR), contribuindo para que o Brasil possa cumprir o compromisso brasileiro de restauração de 12 milhões de hectares de florestas até 2.030.

A temática da água é outra pauta central e estratégica para o CERNE, tendo em vista não apenas os cenários de estresse hídrico e o aumento da escassez de disponibilidade hídrica, mas, também, a segurança da água que é fundamental para o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza e a adaptação às mudanças climáticas.

O CERNE contribuirá, por meio de pesquisas, projetos e ações demonstrativas, em parceria com centros acadêmicos brasileiros e internacionais, para que os serviços ecossistêmicos possam ser conectados de forma mais direta e clara ao desenvolvimento de infraestrutura hídrica, à adaptação às mudanças climáticas e à integração na segurança hídrica, alimentar e energética.

O CERNE atuará para contribuir com a adaptação às mudanças climáticas com ações que promovam a redução da vulnerabilidade ou da melhoria da resiliência dos territórios e suas populações em resposta às mudanças do clima. O CERNE atuará fortemente na difusão de abordagens baseadas em ecossistemas visando à adaptação às mudanças climáticas, gerando e conectando uma ampla gama de atividades de gestão de ecossistemas para aumentar a resiliência e reduzir a vulnerabilidade das pessoas e do meio ambiente às mudanças climáticas, ou seja, o uso da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos como parte de uma estratégia para ajudar as pessoas a se adaptarem aos efeitos adversos da mudança climática.

O CERNE trabalhará os conceitos de educação ambiental integrada, concentrando-se nos benefícios que os humanos obtêm da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, e como esses benefícios podem ser utilizados diante das mudanças climáticas. Consequentemente, o CERNE está centrado nas pessoas, reconhecendo que a resiliência humana depende criticamente da integridade dos ecossistemas.

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